Biblioteca Virtual

Sobre a Biblioteca Virtual

Com grande honra e reverência, apresentamos a Biblioteca Virtual Manoel Rodrigues de Melo, um espaço digital dedicado a celebrar a vida e obra deste ilustre escritor. Manoel Rodrigues de Melo foi um mestre das palavras, cujas histórias e pensamentos cativaram gerações de leitores com sua prosa eloquente e profunda sensibilidade. Esta biblioteca virtual é uma homenagem merecida a um autor cujo legado literário perdura através do tempo.

Neste recanto virtual, não apenas exploramos as obras magistrais de Manoel Rodrigues, mas também celebramos sua trajetória literária, compartilhando biografias, ensaios críticos e análises profundas de suas obras mais icônicas. Este é um espaço para os amantes da literatura mergulharem nas páginas escritas por Manoel Rodrigues, onde seus personagens ganham vida e suas palavras ecoam através das eras.

Além disso, a Biblioteca Virtual abraça a diversidade literária, e também oferece um extenso catálogo de livros de outros autores. Queremos inspirar a leitura e promover a descoberta de novas vozes literárias, mantendo sempre viva a chama do amor pela literatura em nossos corações.

Sinta-se convidado a explorar este tesouro virtual de conhecimento e imaginação, a Biblioteca Virtual Manoel Rodrigues de Melo, onde a magia das palavras e a riqueza da literatura aguardam para enriquecer sua jornada literária. É um tributo a um grande autor e um farol para todos os apaixonados pela leitura e escrita.

O NASCEDOURO DO MESTRE

Manoel Rodrigues de – Nasceu na Fazenda do Queimado, localizada na Ilha de São Francisco,
Município de Macau-RN, a 07.07.1907, filho de Manoel de Melo Andrade Filho e d. Maria Rodrigues de Melo. A
terra em que cresceu, à margem direita do Rio Açu, o seu paraíso perdido: A Várzea do Açu, para ele, é única,
deslumbrante, incomparável (MELO, p.293). Essa referência recorrente em outros autores: Sua infância
transcorreu correndo em cavalo de pau e carro de bois, pelos sítios vizinhos (AZEVEDO, p.12). Aos doze anos
mudou-se para a cidade de Macau, passando a estudar em escola particular e a trabalhar no comércio.
Transferiu-se para Currais Novos (1925), empregando-se numa loja de tecidos e iniciando as atividades
literárias com a criação, ao lado de Ewerton Cortez, do jornal “O Porvir” (1926). Veio para Natal (1928),
diplomando-se contador na Escola Técnica de Comércio, posteriormente vindo a lecionar neste
estabelecimento. Foi Inspetor de Alunos do Colégio Pedro II, servidor do Centro de Imprensa e da Sociedade
de Assistência Hospitalar e secretário do Hospital Miguel Couto (depois Hospital das Clínicas e hoje Hospital
Universitário Onofre Lopes, da UFRN). Elegeu-se Vereador à Câmara Municipal do Natal (1948) mas não foi
a1ém, nessa área: Desencantando-se com a política, dedicou-se de corpo e alma às letras (id., 13). Com
referência as suas iniciativas nesta área, fundou os jornais “A Palavra” (1930-32) e “Renovação” (1932) e as
revistas “Bando” (s.d.) e “Nordeste” (1939-40), além de colaborar com os jornais “A República”, “A Ordem”,
“Diário de Natal”, “Tribuna do Norte” e “O Jornal”, e com as revistas da Academia Norte-rio-grandense de
Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do RN, do qual era sócio efetivo e foi vice-presidente. Também
pertencia aos quadros do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, da Sociedade Brasileira de Folclore e da
Academia Norte-rio-grandense de Letras, desta última exercendo a presidência ao longo de 21 anos. Sua
produção 1iterária inclui os seguintes títulos: Várzea do Açu, Patriarcas e Carreiros, Cavalo de pau, Chico
Caboclo e outros poemas, Pesquisas sociológicas, Mons. Augusto Franklin, Terras de Camundá
(romance), Dicionário da Imprensa no Rio Grande do Norte (1909-1987) e Memória do Livro Potiguar. Em
terreno doado pelo Governo do Estado (V. PEDROZA, Sylvio Piza, p. _), localizado na Rua Mipibu no centro de
Natal, ergueu o edifício da Academia de Letras com singular demonstração de espírito de serviço: Embora
ninguém na Academia acreditasse na sede própria, ele quase sozinho construiu o edifício, imponente para a
época e os fins a que se destinava. Durante a construção foi arquiteto, mestre de obras, pedreiro, pintor,
carpinteiro e, sobretudo, cavador de verbas (MELO, pp. 294-295). Em homenagem ao seu devotamento,
aquele prédio recebeu o nome de “Casa Manoel Rodrigues de Melo”. Manoel Rodrigues de Melo faleceu em
Natal, a 29 de fevereiro de 1996.